14 de mar. de 2010

A Princesa e o Sapo

Princesa Tiana (A Princesa e o Sapo)

Tiana é a primeira heroína negra da galeria de princesas da Disney. Pode parecer uma revolução, mas não chega a tanto: além de passar ao largo do tema da discriminação racial, A Princesa e o Sapo (2009), que estreia hoje nos cinemas, inscreve-se em uma nova linhagem de desenhos do estúdio cujas protagonistas fogem ao convencional .
animação é um ótimo representante da especialidade Disney: encantar com uma boa história cheia de magia, música e bons sentimentos. Na contramão da tendência de filmes digitais e em 3D, A Princesa e o Sapo foi desenhado a mão, no sistema tradicional 2D, com direção de Ron Clements e John Musker (os mesmos de A Pequena Sereia e Aladdin).
A história se passa na New Orleans dos anos 1920, cidade que fervia no caldeirão de diferentes influências culturais e étnicas, ao som do jazz e da música zydeco. É nesse ambiente que cresce Tiana, filha de um trabalhador morto na I Guerra e de uma modista que costura para uma rica família branca. A garota negra rala como garçonete para abrir um restaurante próprio, enquanto a fútil amiga Charlotte, filha do empresário para quem a mãe criava vestidos, sonha casar com um príncipe.
A chegada do príncipe Naveen parece ser a resposta para os desejos das duas jovens: a sem-noção Charlotte arma um baile para fisgar o bonitão, contratando os serviços da talentosa cozinheira Tiana – fornecendo assim o dinheiro que faltava para a mocinha abrir seu bistrô. Mas o vaidoso Naveen, na verdade um herdeiro real sem um tostão no bolso, cai na conversa de um feiticeiro vodu, que o transforma em sapo. Na tentativa de ajudar o batráquio, Tiana beija o bicho – e também vira sapa! O casal verde então foge pelos pântanos em busca de uma bruxa capaz de desfazer a mandinga, auxiliados pelo vagalume caipira Ray e pelo jacaré tocador de trompete Louis – cujos solos são dublados pelo excelente jazzista Terrence Blanchard.
Ainda que a história em si não traga nada de novo, A Princesa e o Sapo sabe tirar proveito do colorido cenário de New Orleans, explorando as paisagens sulistas, festas como o Mardi Gras, a diversidade humana e, especialmente, a exuberância da música – a trilha sonora conta com a colaboração de músicos como Dr. John. Como Tiana passa quase o filme todo na forma de sapo e suas relações com humanos de todas as cores são as melhores possíveis, o grande problema racial de A Princesa e o Sapo é ser verde, não negro.

Príncipe Raj

Quem ainda não se esqueceu do Raj da novela Caminho das Índias poderá matar um pouquinho da saudade ouvindo a voz do bonitão no filme. É o ator Rodrigo Lombardi quem dubla o príncipe Naveen.
– Apareço com uma voz mais aguda, em um tom que eu mesmo desconheço. Realizei uma sonho como ator participando do mundo da Disney – conta o galã.

Nenhum comentário:

Estratégias de Educação com Google for Education

Para escolas e comunidades afetadas por fechamento recente, há uma necessidade imediata de planejar e se comunicar com professores, pais e ...